O eterno novo
Hoje eu morri Eu estava tão bem morto e… Nasci de novo Estava tão bem vivo e… Morri. Mas agora mais novo A eterna rotina se repete Ora velho, ora mais jovem Mas a morte e a vida não me esquecem Mal dá tempo de sorrir Basta me deitar e dizer: morri E o peso de toda uma vida, horas depois, ao se levantar? É de chorar! Encarar todo um dia exigente Para mais tarde morrer novamente Nascer, morrer… Essa brincadeira com meu ser num “eterno idêntico” Porém novo a cada dia, numa expressa temporalidade A eternidade é marcada por eras, acontecimentos, prazeres ou lamentos, também vazios, ou “nadas”; já a vida é separada por uma noite bem dormida ou uma manhã mal acordada. A gente morre ou dorme? Acorda ou ressuscita? O que é na verdade a vida nesse ‘eterno novo’ e o nosso despertar na eterna rotina?