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A busca do rigor e o estilo

A busca do rigor e o estilo. “Os discursos que determinam o estatuto e o objeto das artes não são unânimes nem constantes. Sua segurança enquanto critério de julgamento já pode ser, num primeiro tempo, questionada: eles podem ser contraditórios tanto na atribuição do estatuto da arte quanto na determinação da hierarquia”. (COLI, JORGE. O que é arte . Ed. Brasiliense: Sao Paulo, 1995). Há de fato, uma noção, em certas obras, seja cinematográfica, seja musical, ou visual, de permanência de estilo, ou padrão e há também uma notória evolução ou, qualquer modificação, no trabalho de algum artista. Cada qual possui suas peculiaridades, seus estilos e, por gosto, tradição ou orgulho, os mantém até o fim. Há outros que naturalmente mudam suas linhas, suas percepções, mas isso não pode ser visto sempre como ruim ou, em contra partida, como algo evolutivo. É uma situação neutra. Alguém que foi se deixando levar pelo tempo, por sua era, ou influência de novos artistas. Sobre a citação d

O futebol e nossa "arte"

O futebol em si é uma arte. Uma partida de futebol é um espetáculo. Artistas são os jogadores, ainda a torcida também. Há performance em campo, nas arquibancadas há música. É tudo uma verdadeira exposição artística. Mas à cada partida um torcedor morre. Seja assassinado, seja por uma fatalidade qualquer, por descuido dos órgãos competentes. Perde-se vidas, gera-se ódio Quando não morre alguém, há agressão física de todo tipo. Se xinga mais do que se grita “gol”; se briga, mais do que se comemora; até na comemoração aparece gente morta. Há investimentos fortíssimos do governo, da TV e de empresas privadas para que este espetáculo seja cada vez mais belo e atrativo Isto é arte… Futebol é paixão, é vida! (e morte também). Eu ia gostar muito de ver o dia que uma ONG, um Movimento, o BrasiL, a população fechasse um estádio. Eu ia começar a entender certas coisas, se a grande maioria protestasse em frente a um estádio logo após uma pessoa ter sido assa

Algumas considerações

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Não temos identidade Colonizados, nós somos O estado não é laico Incomoda, o diferente, a nudez, o profano... Tudo é dominado pelo arcaico Querem vestir o nu Querem "clarear" a sociedade Os índios, querem catequizar Querem acabar com a diversidade Os pagãos, querem matar O sagrado não é um corpo, mesmo que nu O sagrado são: roupas, vestimentas, indumentárias, a batina, o terno, o ouro, a joia, a coroa O sagrado é o certo, o profano o errado Certo é você se curvar, obedecer Errado é você escolher um lado Um belo mundo onde não se pode viver

Corrupção Virtual

Era um grupo de pessoas. Na sua maioria adultos. Pessoas formadas, trabalhadoras, bem orientadas e gozando de boa saúde. Todos com suas belas famílias, muitos país e mães de filhos, outros somente filhos e, todos já com responsabilidades perante aos que lhes são próximos e à sociedade. Mas dentro desta sociedade, estas pessoas criaram um grupo. Com a ajuda da tecnologia, da internet e uma ferramenta de comunicação, eles criaram um grupo onde pudessem conversar, ou seja, o lazer e a descontração na palma de suas mãos. Hoje, todos os que possuem um aparelho celular, com internet e um aplicativo para comunicação instalado, estão em algum desses grupos. Com certeza! Para diversas finalidades é até aceitável, e realmente, adianta a vida de qualquer um que precisa se comunicar. Foi um grupo de estudos. Criado para que todas estas pessoas citadas acima pudessem se expressar, comunicar eventos, palestras, debates e coisas do tipo. Claro, rolava umas piadas, até umas paqueras, papo desco

De fato a ventura não mora em mim

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Eu sou um poço de amargura Um ser beirando a insanidade, algo sem cura Dizem: “coisas simples, diversão sublime; a felicidade mora nas pequenas coisas” Então, sendo assim, eu sou muito grande Um cego à graça da vida Nem se dono de toda riqueza eu fosse Há escassez de gana Nulo desejo para sorrir à vida É tudo ilusório, falso Tal qual no deserto caminhar Com tudo o que ele representa Mas delirar, banhando-se num lago à sombra, no conforto destinado aos reis Se é assim num deserto de areia o mesmo se dá nos gélidos alpes Lá de cima, onde tudo é cinzento e congelante Iria uma miragem me aterrissar num belo campo Em algum lugar ensolarado, na mata, regado de flores Mas nunca, de fato, estarei num lugar assim Onde eu realmente quero estar, sem quimera Não! Estou sempre no oposto, na contramão Então por que não dirigir no fluxo? Não seguir em boa direção? Nada que se deseja, se faz corretamente estando, seja quem for, privado da razão

A (re)negação

Após algumas leituras de autores como Fiodor Dostoiévski, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud, tentei expor, no papel, É CLARO, algumas coisas que me impressionaram, alguns temas tratados por estes estudiosos, filósofos, de maneira tão normal. O extremo, ou alguma coisa que simulasse a dor maior ou qualquer ameaça à vida não é nenhuma leitura agradável ou de se louvar. (Apesar de ainda eu entender coisas do tipo. Pois, para mim, arte não está empregada só em flores e céu azulados com lindo Sol, sorrisos e leveza). De fato é muito estranho desejar a auto-destruição. O desejo de acabar consigo mesmo, ou com sua própria essência, é insano demais. Mas isso acontece e são atitudes que levam a outras ilustres pessoas a se dedicarem, às vezes, a vida toda, estudando tais atos a fim de elucidar a população, aos demais, e também tentar de uma forma diminuir isso. (Na verdade o homem quer sempre vencer a morte, quer burlá-la, tornar-se Deus. "Trágico, se não fosse cômico")

Além do inferno de Dante

Queria que o inferno de Dante fosse real Mas será que não é de fato? (Assim como existe um céu chato) Se ele realmente existe Logo terá quem o visite Eu sou humano Humano é imperfeito Humano cria e também mata Mulheres e homens têm defeitos Há arma de fogo, veneno e faca Não matamos somente a nós mesmos O abstrato também some em nossas mãos Destrói-se tudo, até o que não existe Temos o poder de mudar as coisas A felicidade em tristeza O quente em frieza O oprimido em opressor Transformamos também A vida em morte O lento em pressa O amor em sorte E vice-versa Eu torço para que chegue um dia E que transformemo-nos em diabo No inferno sintamos o calor o fedor, o horror, o revés ao nosso lado A humanidade falhou, definitivamente Única coisa a ser feita foi esquecida Desde a sedução lançada pela serpente Neste mundo, amar, parece obra de suicida É difícil, penoso, gostar do próximo Ter apreço e afeição é doloroso É mais f