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O fardo é leve?

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Reconhecer que não sabes lidar consigo, É um momento delicado e de um trabalho árduo. Não adianta correres, sumires, buscares abrigo, Pois é este teu grande e eterno fardo. Não deixe que qualquer coisa lhe abata. Isto será uma contínua transmutação. Terás de, como um soldado, enfrentar combates, Contudo, no fim, medalhas farás coleção. Hoje o tempo nebuloso está. Frio, chuva, trovões, total escuridão. Mas amanhã terás um perfeito dia a contemplar, Sob a luz do Sol junto a uma bela paixão.

Cuidado! O coração.

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Cuidado! Frágil ele é. Aparentemente parece feito de pedra. Só que ainda pulsa, emociona-se, tem fé. Mas é como cristal, facilmente se quebra.  Por outrem é fácil perder a noção. Por uma paixão, deixar ser levado. Do peito arrancar seu coração, E doá-lo sem que ele seja notado. Pode ser comparado às flores, De tez macia, de rubras cores. Pétalas de rosa, tão l eves e sutis. Se soprar, voam, como sonho infantis.

Seus olhos, o luar.

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Estás chorando? É por que teus olhos estão brilhando. Achei que fossem lágrimas. Mas é natural. Estou sem palavras. Simplesmente, posso lhe afirmar: É lindo o teu olhar. Há uma luz viva, cintilante. Despertas encanto, emocionante! É um brilho igual ao da Lua. Daquelas de noites de  lua-cheia . Ilumina todo o campo, e toda a rua, E no mar induz ao canto à sereia. O Sol sente prazer em lhe iluminar. Despeja raios em ti com perfeita harmonia. É um encontro de se apaixonar, Num eclipse junta a noite com o dia.

Fiel, triste fiel

Adore, abuse, seja! Não se esqueça do seu amigo aí; Tudo o que precisares, Tudo mesmo, ele fará por ti. Dizes que ele é bom. Que não tem noção de quanto. Ele sabe que a si mesmo não. Quando triste sozinho num canto. Ele gosta quando tu o fazes sorrir. Mas sempre reclama da própria auto-estima. Seu mundo, nenhum lápis de cor irá colorir. Talvez nada lhe puxe para cima. Mas conte com seu amigo, Por ti buscará forças titânicas. Nas horas de maior perigo, Por ti lutará até contra forças satânicas.

Qual caminho trilhar

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Comigo, não se preocupe. Deixe-me trilhar sozinho. Por favor, me desculpe, Sou o dono do meu mundinho. Olha... Não estou apaixonado; E também não estou querendo me matar; Apenas escrevo como num ditado, Com prazer, sem esforço, sem me cansar. Sabiamente i rei atravessar os rios da vida, Seja a pé ou a nado; muito ou pouco. Não me siga, meu querido, minha querida, Pois não quero ficar ouvindo: você é louco! Quem caminha aprecia melhor; Quem se apressa, só vê o pior; Me esforço muito para não correr, A fim de não ver sangue, e sim suor.

Do Lindo Lago Sul

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De sorriso doce a um olhar penetrante De um jeito simples a um perfil marcante Do que qualquer nascente e la é mais pura Sua alma cristalina se faz presente A majestosa natureza repleta de candura Mas fica brava quando a chamo de carente Ela me deixa sem palavras, me excita Meu coração vibra, do ritmo ele se perde Tudo em meu corpo se agita Meu pensamento fica inerte Ela tem mania de fazer eu me apaixonar Facilmente faz meu pensamento voar Comigo,   imaginá-la nos melhores momentos Me faz feliz, com isso me contento À ela não encontro mais adjetivos Para tudo o que eu venha a falar dela Não servirá como nenhum comparativo Desde uma simples mulher a uma rica donzela Meu coração por ela vive Meu pensamento a ela é direcionado Me sinto leve, feliz, livre Agora vejo que estou apaixonado Não há no Sol,  na Terra  ou  Lua E nem neste vasto Universo Comecei buscando em minha rua Hoje já estou muito longe do regresso Desd

O samba do poeta

É como matar a sede Água pura cristalina da fonte Ela não é a "lady" E sim a lua-cheia despontando no horizonte É aquela que me ilumina Mesmo nas noites escuras O sorriso que fascina Dotada de beleza e ternura Linda fica quando curiosa Mesmo quando está brava Sua voz em meus ouvidos é maravilhosa A Dona dos rios, das doces águas Tenra, de fácil riso É para mim uma guerreira Teus passos são precisos Inabalável com a uma figueira Na passarela ela é rainha Do início ao fim distribuindo emoção A sua Escola um samba por ti faria Exaltando-a mais até que o próprio pavilhão É a mais linda da terra da garoa Do Rio, do Brasil, do Universo Não caberia poemas de Fernando Pessoa Nem qualquer escritor com seus versos A mais doce criação Deus a tratou com muito carinho Pôs-na diretamente eu meu coração Esse pobre rapaz desalinho

Quem é você? Já parou para pensar?

Anos se passaram e eu não sei quem sou. Pois quando me encontro, já mudei de novo. Nessa busca constante a paz uma vez reinou,   E os tiranos uma vez temeram o povo. Sinceramente... Ô mundo chato! Tudo o que realmente queremos nos fere. O desejo proibido não é sensato. Caímos em tentação, logo sentimos na pele. Mil EU se revezam bem ligeiro. Neste momento estou sendo o EU 999. Pobre EU! Sabe que há anseio outra vez pelo primeiro. Este alegremente desejando que tudo se renove. Deixo as pessoas confusas, coitadas. Mas é tudo bem normal e justo. É que eu vivo o agora e também vidas passadas. E quando se dão conta, levam um susto. Nessa briga de ingênua dualidade, Nem tudo de mim sai perdendo, ou ganhando. Nem a infame mentira, ou a pura verdade. Será que perco com a sinceridade e ganho enganando? Não devo me assustar com isso. Preciso respeitar, saber de fato. A ruindade jogar no lixo, A bondade emoldurá-la num quadro. A dualidade se torna uma

Diálogo com a chuva

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Numa bela noite eu rogo uma companhia. Eu estou só e quero conversar. Eis que a chuva me dá o ar da graça. Eu sinto que ela quer se comunicar. Primeiro ela chega e toca a terra de mansinho. Vem graciosa, sem alterar o tom de sua voz. No meu ouvido sussurra baixinho, Feéricas frases, formosas como rosas e girassóis. A chuva, alegre, arruma um meio melhor de se comunicar. Ela usa as folhas de uma linda amendoeira. Que, verde, leve e vivas nas alturas, Deixa cada gota cristalina se chocar. A cada pingo surge uma palavra. Ora fica aquele silêncio, ora vem uma enxurrada. Às vezes as gotas sincronizam-se. Mas de uma tal forma que... Parece uma linda sinfonia, Entoando a mais perfeita melodia, Que meu pobre coração já sentiu. Eu as ouço e compreendo-as perfeitamente. (Com a amendoeira intermediando a conversa). A chuva diz: "Calma, menino! Não tenha pressa. Estou aqui, pois gosto de ti". Quero responder, mas não consi

A estrela

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Olho para o céu, estrelas cintilam. É uma linda noite... A Lua se esconde, mas por onde eu olho, Vejo brilhar, no infinito, o teu fascinante olhar. Sinto vontade de percorrer esse firmamento. Contar as estrelas de perto, Com você descobrir novas moradas, E encantar todo o universo. Para mim, essa noite não terá fim. O tempo irá parar, mas nada irá morrer. Não interessa o medo que sentiremos. Não importa o quão escuro será. Eternamente nós dois viveremos. Sem espaço-tempo ou um evento qualquer. Levando  Einstein e Newton ao erro. Nós dois, apenas eu e você. Temos tudo, os astros, estrelas, o cosmo. Para mim nada importa, Nem o que diz o mapa astral. Sou aquele que abre e fecha as portas. Afinal, agora eu sou o zelador do espaço sideral. Na verdade, tudo isso é lindo. Mágico, surreal! Não é um sonho ou alucinação. E acontece toda vez que eu olho para você. Mas todo esse universo, não basta sem ti. Não me importa um monte de planetas

Mãe cujos filhos são como peixes

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Mãe, grande Mãe, Acima do bem e do mal. Rainha do mar. Ingênua, serena e calma. Mas, quando se enfurece, Suas ondas vêm da alma. A Terra toda estremece. Um espetáculo ímpar são seus cabelos, longos e esplendorosos.  Crescem sem parar. Vaidade, sedução e encanto: Sereia que, a noite, em alto mar, Entoa os mais belos cantos Aos pescadores atrai-lhes a atenção. Leva-os ao fascínio e perdição. Em bela noite escura,  Negra como África O luar, como escultura, Na mais completa solidão, Num lindo gesto materno, Ela os acolhe em seu seio. Dando lhes carinho e atenção. É o ser mais belo que Deus tem em sua criação. Dia dois de Fevereiro, dia de Iemanjá! Dia dos filhos, em devoção e fé, Lançarem flores no mar. Num rito sagrado, da Umbanda e Candomblé, Todos remando na mesma maré, Clamam a proteção, para o mal os afastar, Salve Odoyá!