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Mostrando postagens de dezembro, 2017

A orquestra do Maestro Silêncio

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Um casebre em um paraíso. Mais ninguém. Nenhum bípede. Exceto eu e uma abelha. Ah, havia o Sol. Era o que mais se contava de "tecnológico", irradiando intensamente sua luz, e junto com um gerador de energia elétrica, para as frias noites. Um lugar isolado. Não só verde e azul, havia também o branco diante dos meus olhos. E tudo muito gelado. Mata, árvores, um céu infinito e um lago... Neve ao longe no topo das montanhas, que enormes, imponentes, se erguiam a frente. Algumas nuvens cobriam suas pontas, mas tão gigantescas, tão volumosas, que deveria se inventar um novo nome para aquele tipo de branco, tão puro, uma nova cor.  A Patagônia chilena é realmente incrível, é mágica, surreal! Tudo lá é de tal maneira, porque não há as mãos dos homens, não há nem sequer algo que o ser humano tenha pensado ali e criado. Mesmo que existisse tal quimera, não há nada no lindo lugar com a força ou o pensamento humano. Nada que o homem tenha feito naquela paisagem, naquela naturez

Um dia, um fantasma

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(Ilustração do filme "Os Caça-Fantasmas III" para servir de contrapeso) Um dia qualquer eu peguei no sono Sono profundo De repente me abre uma imagem:  Eu me olhando, me encarando no espelho do banheiro Seria um sonho?  Que medonho!  Seria sim um pesadelo… Fiquei poucos segundo me olhando  Então uma transformação foi começando Tão depressa que de pronto me assustou Eu passei de um belo rosto jovem a um rosto velho Assustador demais! Cadavérico...  Rugas, tão profundas, iam talhando-me  Meu rosto, nova expressão foi tomando Em apavoro, eu fugi da frente do espelho E me afastando, a partir dali, começou algo a fazer sentido Eu não pisava o chão, não caminhava,  Ou, pelo desespero no momento, eu deveria estar correndo, mas não…  Levemente eu me deslocava Tão sutil que como se eu não me saísse do lugar Mas a tudo eu podia alcançar Olhei onde deveriam estar minhas mãos  Não conseguia vê-las  Meus pés… Nada, somente o chão  Só via o que de material e

Da morte...

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"O conhecimento, ao contrário, bem longe de ser a causa do apego à vida, atua em sentido oposto; ele revela o pouco valor da vida, e combate, desse modo, o medo da morte. Quando prevalece o conhecimento o homem avança ao encontro da morte com o coração firme e tranquilo, e daí honramos sua conduta como grandiosa e nobre" (SCHOPENHAUER, Arthur. Da morte. Martin Claret. 2001. p. 26) A vida é complexa, irracional, não se estuda a vida, o nascimento, não se pensa sobre isso; do contrário a morte é a musa inspiradora da filosofia e de todas ciências. O fenômeno da morte é o que move. Há quem tente eternizar a vida, evitando a morte; artistas se expressam, muitas vezes, com intuito de se perpetuar de alguma forma, como um símbolo ante ao perecimento.  A Vida é amarga, cheia de altos e baixos, indefinível, pois uma vez vivos, não sabemos o que virá pela frente, infortúnios, doenças, e por fim, o medo máximo, a morte.  Mas aquele que a teme, é um fraco. Um indivíd