A plenos pulmões, em plena madrugada
O que é uma madrugada silenciosa, leve, fresca e com um único e solitário canto de um bem-te-vi? Sim, o pássaro, ou não dorme, ou acorda em plena madrugada e seu canto de longe há de se ouvir O céu é de inverno, porém estrelado e com uma iluminada Lua cheia Sua luz, que bate na terra fresca, na grama úmida, brilha no asfalto e às mentes mais loucas, clareia Uma madrugada tão singular Uma pena (ou muitas penas) ela tão pouco durar Mas as madrugadas se repetem Há nas folhas, orvalhos onde as mesmas luzes refletem As estrelas são as mesmas, o céu e também a Lua Toda terra fresca, a grama úmida, a paisagem, a rua Nada muda, é tudo um ciclo Desde o mais sensato ao mais ridículo São assim as madrugadas Feitas para chorar ou para rir Na cama, corpo coberto e cabeça deitada Sejam em silêncio ou com o canto do bem-te-vi