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Fiel, triste fiel

Adore, abuse, seja! Não se esqueça do seu amigo aí; Tudo o que precisares, Tudo mesmo, ele fará por ti. Dizes que ele é bom. Que não tem noção de quanto. Ele sabe que a si mesmo não. Quando triste sozinho num canto. Ele gosta quando tu o fazes sorrir. Mas sempre reclama da própria auto-estima. Seu mundo, nenhum lápis de cor irá colorir. Talvez nada lhe puxe para cima. Mas conte com seu amigo, Por ti buscará forças titânicas. Nas horas de maior perigo, Por ti lutará até contra forças satânicas.

Qual caminho trilhar

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Comigo, não se preocupe. Deixe-me trilhar sozinho. Por favor, me desculpe, Sou o dono do meu mundinho. Olha... Não estou apaixonado; E também não estou querendo me matar; Apenas escrevo como num ditado, Com prazer, sem esforço, sem me cansar. Sabiamente i rei atravessar os rios da vida, Seja a pé ou a nado; muito ou pouco. Não me siga, meu querido, minha querida, Pois não quero ficar ouvindo: você é louco! Quem caminha aprecia melhor; Quem se apressa, só vê o pior; Me esforço muito para não correr, A fim de não ver sangue, e sim suor.

Do Lindo Lago Sul

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De sorriso doce a um olhar penetrante De um jeito simples a um perfil marcante Do que qualquer nascente e la é mais pura Sua alma cristalina se faz presente A majestosa natureza repleta de candura Mas fica brava quando a chamo de carente Ela me deixa sem palavras, me excita Meu coração vibra, do ritmo ele se perde Tudo em meu corpo se agita Meu pensamento fica inerte Ela tem mania de fazer eu me apaixonar Facilmente faz meu pensamento voar Comigo,   imaginá-la nos melhores momentos Me faz feliz, com isso me contento À ela não encontro mais adjetivos Para tudo o que eu venha a falar dela Não servirá como nenhum comparativo Desde uma simples mulher a uma rica donzela Meu coração por ela vive Meu pensamento a ela é direcionado Me sinto leve, feliz, livre Agora vejo que estou apaixonado Não há no Sol,  na Terra  ou  Lua E nem neste vasto Universo Comecei buscando em minha rua Hoje já estou muito longe do regresso Desd

O samba do poeta

É como matar a sede Água pura cristalina da fonte Ela não é a "lady" E sim a lua-cheia despontando no horizonte É aquela que me ilumina Mesmo nas noites escuras O sorriso que fascina Dotada de beleza e ternura Linda fica quando curiosa Mesmo quando está brava Sua voz em meus ouvidos é maravilhosa A Dona dos rios, das doces águas Tenra, de fácil riso É para mim uma guerreira Teus passos são precisos Inabalável com a uma figueira Na passarela ela é rainha Do início ao fim distribuindo emoção A sua Escola um samba por ti faria Exaltando-a mais até que o próprio pavilhão É a mais linda da terra da garoa Do Rio, do Brasil, do Universo Não caberia poemas de Fernando Pessoa Nem qualquer escritor com seus versos A mais doce criação Deus a tratou com muito carinho Pôs-na diretamente eu meu coração Esse pobre rapaz desalinho

Quem é você? Já parou para pensar?

Anos se passaram e eu não sei quem sou. Pois quando me encontro, já mudei de novo. Nessa busca constante a paz uma vez reinou,   E os tiranos uma vez temeram o povo. Sinceramente... Ô mundo chato! Tudo o que realmente queremos nos fere. O desejo proibido não é sensato. Caímos em tentação, logo sentimos na pele. Mil EU se revezam bem ligeiro. Neste momento estou sendo o EU 999. Pobre EU! Sabe que há anseio outra vez pelo primeiro. Este alegremente desejando que tudo se renove. Deixo as pessoas confusas, coitadas. Mas é tudo bem normal e justo. É que eu vivo o agora e também vidas passadas. E quando se dão conta, levam um susto. Nessa briga de ingênua dualidade, Nem tudo de mim sai perdendo, ou ganhando. Nem a infame mentira, ou a pura verdade. Será que perco com a sinceridade e ganho enganando? Não devo me assustar com isso. Preciso respeitar, saber de fato. A ruindade jogar no lixo, A bondade emoldurá-la num quadro. A dualidade se torna uma

Diálogo com a chuva

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Numa bela noite eu rogo uma companhia. Eu estou só e quero conversar. Eis que a chuva me dá o ar da graça. Eu sinto que ela quer se comunicar. Primeiro ela chega e toca a terra de mansinho. Vem graciosa, sem alterar o tom de sua voz. No meu ouvido sussurra baixinho, Feéricas frases, formosas como rosas e girassóis. A chuva, alegre, arruma um meio melhor de se comunicar. Ela usa as folhas de uma linda amendoeira. Que, verde, leve e vivas nas alturas, Deixa cada gota cristalina se chocar. A cada pingo surge uma palavra. Ora fica aquele silêncio, ora vem uma enxurrada. Às vezes as gotas sincronizam-se. Mas de uma tal forma que... Parece uma linda sinfonia, Entoando a mais perfeita melodia, Que meu pobre coração já sentiu. Eu as ouço e compreendo-as perfeitamente. (Com a amendoeira intermediando a conversa). A chuva diz: "Calma, menino! Não tenha pressa. Estou aqui, pois gosto de ti". Quero responder, mas não consi

A estrela

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Olho para o céu, estrelas cintilam. É uma linda noite... A Lua se esconde, mas por onde eu olho, Vejo brilhar, no infinito, o teu fascinante olhar. Sinto vontade de percorrer esse firmamento. Contar as estrelas de perto, Com você descobrir novas moradas, E encantar todo o universo. Para mim, essa noite não terá fim. O tempo irá parar, mas nada irá morrer. Não interessa o medo que sentiremos. Não importa o quão escuro será. Eternamente nós dois viveremos. Sem espaço-tempo ou um evento qualquer. Levando  Einstein e Newton ao erro. Nós dois, apenas eu e você. Temos tudo, os astros, estrelas, o cosmo. Para mim nada importa, Nem o que diz o mapa astral. Sou aquele que abre e fecha as portas. Afinal, agora eu sou o zelador do espaço sideral. Na verdade, tudo isso é lindo. Mágico, surreal! Não é um sonho ou alucinação. E acontece toda vez que eu olho para você. Mas todo esse universo, não basta sem ti. Não me importa um monte de planetas

Mãe cujos filhos são como peixes

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Mãe, grande Mãe, Acima do bem e do mal. Rainha do mar. Ingênua, serena e calma. Mas, quando se enfurece, Suas ondas vêm da alma. A Terra toda estremece. Um espetáculo ímpar são seus cabelos, longos e esplendorosos.  Crescem sem parar. Vaidade, sedução e encanto: Sereia que, a noite, em alto mar, Entoa os mais belos cantos Aos pescadores atrai-lhes a atenção. Leva-os ao fascínio e perdição. Em bela noite escura,  Negra como África O luar, como escultura, Na mais completa solidão, Num lindo gesto materno, Ela os acolhe em seu seio. Dando lhes carinho e atenção. É o ser mais belo que Deus tem em sua criação. Dia dois de Fevereiro, dia de Iemanjá! Dia dos filhos, em devoção e fé, Lançarem flores no mar. Num rito sagrado, da Umbanda e Candomblé, Todos remando na mesma maré, Clamam a proteção, para o mal os afastar, Salve Odoyá!

O novo ciclo

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Agora um novo Sol há de brilhar. É a vez da paz, da esperança. E também teremos ótimas noites de luar. Voltaremos a sorrir como criança. Logo uma bela noite há de cair, O medo não irá nos atormentar. De pesadelos iremos falir, Pois temos nossas vidas para amar. Sonhar é manter viva a esperança, E com esperança, força teremos. Da força faremos uma alavanca, Perante o mal sempre vencermos. Olhe para o céu, aprecie sua cor. Com as suas nuvens, encante-se. Liberte-se de qualquer dor. Erga-se, levante-se. Há um caminho reto a seguir, Belo, florido e arborizado. A vida é bela deixe a ternura fluir, Como num mundo lindo e encantado.

Para todo o sempre...

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Não grite, sussurre. Não xingue, elogie. Não ofenda, cante. Não destrua, aprecie. Excesso de fúria, raiva, tudo de ruim... Com esse descontrole teremos um péssimo fim. É uma luta contra um inimigo invisível. É remar contra uma tormenta invencível. Perda de tempo, de amor e de sentimentos. Toda a paz é jogada fora, junto a excrementos. Não tem mais volta, tudo aquilo que é dito e feito. Mas temos oportunidade de reparar os defeitos. Vamos nos banhar de amor, limpar nossa aura. Vamos aprender hoje, para amanhã darmos aula. É salutar, este nobre sentimento. É a melhor sensação para nossa vida mundana. Não dói, nem sangra, vale cada momento. É tão sublime quanto alcançar ao nirvana . Sejamos fortes, Porém pacíficos. Evitemos o combate, E assim a prematura morte. Estendamos as mãos, mas para um abraço. Deixemos de brigar por espaços. Falaremos coisas sobre o amor e paz. E assim, felizes, viveremos muito mais.

A justa, linda analogia

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À noite durmo com a Lua cheia a brilhar, Acordo com um majestoso Sol no amanhecer. E lhe vejo de branco, com um brilho lindo no olhar, Saibas que não preciso dormir para sonhar com você. Nunca vi sorriso tão puro, tão belo, Corpo delicado, palavras em tons singelos. Brava, porém sensível e verdadeira. É delicada, mas luta como uma guerreira. Ao teu lado o tempo para, O dia assim fica sublime, tão gostoso. É perfeito o que quer que faças, Desde teu sorriso, até ao carinho manhoso. Se um dia eu não puder mais com você falar, Esteja certa de que estarei olhando para uma estrela: A ela pedirei para a ti iluminar, E lhe encantar de todas as maneiras.

Nas ruas...

Hoje em dia matar é tão normal. Deve ser porque nascer é tão banal. Filhos? Com intuito de se ter uma família decente? Muita gente que faz filho é por acidente! Viver é errado. Matar é o certo. Morreu mais um inocente: coitado! Vive bem o assassino: esperto! Digo daquele que se foi: Se libertou da desgraça que é viver. Vida similar a de um boi: Nasce ingênuo, porém marcado para morrer. Quando não é o bandido, é a polícia. Seja homem ou mulher; negro ou branco. A gente sempre se fode. Desde o estado até a porra de um banco. Eles gostam quando a gente faz fila. "Legal, ver todos vocês! Um atrás do outro; venha um de cada vez". É sempre assim. Pra ser preso ou pra ser roubado. Primeiro os porcos fardados, depois o diabo engravatado. Meu chapa, a vida é dura demais. Não é pra rir. Miserável? Baixa renda? Ou vira bandido ou vira gari. Você está ai de terno, falando com as putas no celular. E eu aqui catando o lixo pro teu bem estar. E o babaca ainda fica me encarando? O q

Pisar na lua.

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Normal, tudo está normal. Parece que o dia será perfeito. Calmo como nas montanhas do Nepal, Hoje vai ser tudo do meu jeito. É uma bela e serena tarde. Essa calmaria me fascina. Uma perfeita paz me invade. No coração uma alegria me domina. Sinto-me puro como a brisa que me toca. Estou leve como uma pluma que flutua. O sublime momento de voar é agora. Desta maneira sem bater asas vou pisar na lua.

Oxum, mãe.

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A luz da Lua quando reflete, Pequenos diamantes, faz brotar. O rio corre calmamente, Levando nossas angústias para o mar. Generosa, a rainha de todas as riquezas. Dengosa, traz nas lágrimas toda a pureza. Às crianças, oferece toda sua proteção. Os feitiços, viram pó no seu espelho, Sua paciência alheia a ambição, São para nós o melhor dos conselhos. Como é perfeita sua beleza!  Oh Deusa, mais bela e mais sensual. Encarnadas, a própria vaidade e nobreza. Rogando por nós, livra-nos de todo mal. Tão poderosa, doce e eterna, Sem ela, não há fertilidade, Tantos dos filhos, quanto da terra. O poder feminino é a sua verdade. Discreta, detesta escândalos, Mas adora se enfeitar, Deixa caído o queixo dos malandros, Que se enfeitiçam ao vê-la passar. O tilintar de seus ouros e joias. Expressam o som das nossas glórias. A sua natureza é o amor. Sábia, mãe da candura. Doce feminilidade, uma flor, Linda senhora farta de tern

À LUTA

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Sou livre para pensar. Sadio para caminhar. Para falar sou inteligente, E tenho ciência de que sou inocente. Você não vai me proibir, A ti, prepotente, não vou me curvar. Abaixo ao ódio que irei sentir, Quando de frente eu te encarar. Terei contigo um diálogo justo. Inteligente, ético e moral. Não é com tua força que vais me dar susto. Espero apenas que me derrubes no intelectual . Por ti não tenho alguma simpatia. Só me previno contra a tua tirania. Não sou obrigado a ser o que você quer. Não devo seguir os moldes da sociedade. Não me importo se és negro, índio, gay ou mulher ; (Pois com estes o que eu devo é a caridade.) Fora opressão, ódio, intolerância e terror. Contra isso lutarei aguerrido em nome do amor. Eu sei: guerra e amor não combinam. Mas juro que o farei por uma boa razão: Mostrarei a liberdade aos que escravizam, E aos escravizados, a terem perdão.