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Solidão que dói

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Sozinho em meu caminho Não suporto mais a dor Não a que dói na carne Mas a que remete ao amor Meu quarto, minha fortaleza Sofro entre quatro paredes Onde há uma janela singela E com ela compartilho minha frieza La fora o tempo urge O sol brilha Tudo floresce, ascende Vídeo hollywoodiano, parece Tudo iluminado, florido e maquiado Mas meu ânimo perece E o amor me esquece Como em um filme de terror Vivo mortalmente aprisionado A noite me esmaga com o frio Minha pobre alma está por um fio A névoa cai pesada, não dá! Com ela ei de me enforcar Diante dos meus olhos O medo comigo vem brincar A colorida paisagem la fora À mim olha com espanto A solidão me transformou Sou um prato vazio, sem sabor Que nem sequer alimenta Ao pobre que um dia me amou A tristeza, única companheira Que ao lado de uma amendoeira Tão cinzenta e vazia quão o meu sorriso Me distrai e me faz pensar: Que a solidão só terá um fim Acr

Samba de uma pétala só

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Você me deixou sozinha Largada ao vento Fui para você uma rainha Agora choras ao voltar no tempo Mas não sofri com teu abandono Nem sequer eu chorei Tive belas noites de sono Com você nunca mais sonhei Meu adeus findou uma era Toda era tem um fim Seja no coração ou numa capela Você nunca foi feito para mim (Por: Silvio Luiz e Raquel Gonçalves)

A cruz

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Pode a escuridão cobrir a luz Pode haver nebulosidade Que o poder da gloriosa cruz Nos traz o espírito de liberdade Amém!

A flor do filme da minha vida

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Você me ensinou A ter mais carinho Ter mais cuidado E a ter mais amor Pois uma flor Foi feita para ser tocada, apreciada De forma bem delicada E regada com o mais puro ardor Eu, antes, um homem insensível De jeito impossível Um ser indomável, irrefutável Que duras pedras ornamentavam Até a minha frígida emoção Oh mulher! meu bem, só tu sabes De forma dócil, alegre e suave Que tens no controle a minha paixão E o acelerado ritmo do meu coração Hoje canto apaixonado, sou feliz Faço juras de amor à minha querida Contracenando com a principal atriz No melhor filme de toda minha vida

Lua encantada.

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  Oh luar, lua de prata. Traga aquela, por favor, No compasso de uma sonata, Para dançar comigo o eterno embalo do amor. Se choro não é de tristeza não. Nem é saudade, simplesmente é prazer. Por que Deus me estendeu Suas mãos, E deu a mim a alegria de viver. Noite cai, estrelas brilham. Espero o alvorecer de um novo dia. O céu, em meus olhos cintilam. A luz que de você irradia. Não me canso de a ti esperar. Que, até ao mar, as montanhas se movam. Pode o mundo todo se findar. Esgotar todos os versos que trovam. Volta, meu amor divinal. Para os braços deste humilde mortal. Que um dia lhe fez Deusa. De extremo encanto, magia e beleza.

Amor, o amor.

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Demorei, mas encontrei o amor Dizem não ser fácil de achar Não sofri, não senti nenhuma dor Agora comigo ele eternamente estará Já posso contar os segundos É o amor vivo, incandescente Verdadeiro e ainda prematuro Coisa que pouca gente sente O céu é prova do que eu digo Pelas lindas estrelas que cintilam, eu juro O grande amor por ti que carrego comigo Emana desse alegre coração mais puro

Seriam sonhos ou uma surrealidade?

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Acontece comigo e não sei explicar Engraçado, alguma coisa tem Quando começo não consigo parar O meu pensamento voa, vai além Penetro mundos distantes Formas, cores diferentes, surreais Conheço desde lindas crianças inocentes Até a horríveis, perversos, generais Ouço músicas em frequências inaudíveis Caminho por Terras inexploradas Essas são minhas viagens inesquecíveis Completamente sem fim e encantadas Sei que nunca estou só Alguém sempre comigo caminha Um ser com uma personalidade maior Ou tão complexa quanto a minha Vagando, vontade não sinto em voltar Vou me perder em todo vasto universo Ao diabo pretendo interrogar Quanto a Deus desejo apenas o inverso

Humanos?

Eu choro mas a lágrima não desce Eu penso mas o corpo não obedece Uma ofensa cruel agora é inocência Todos acreditam na minha santa aparência Errei? Não sei Mas não admito E para mim foi tudo natural Ofender a um negro, um gay Um religioso, alguém de outra classe social Não precisamos mais celebrar A estupidez humana está em festa Diariamente e não tem hora para acabar Regida ao som da mais tenebrosa orquestra Um filósfo já dizia: Deus está morto! Nunca cri nem em um, nem em outro Mas tudo me leva a crer Do belo jeito que estamos Que, em breve, iremos perecer Talvez tenhamos tido sim um Criador Contudo agora, certo, seremos aniquilados Sabemos: não nascemos do nada Mas com certeza terminaremos à porrada Foi tudo em vão Sua força, Sua obra, Sua mão Hoje Sua cria não se respeita Vive olhando entre si com suspeita Não quero mais falar Não quero mais sentir Tenho medo de amar Deste mundo vou partir

Anjo...

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Um anjo surgiu em minha canção Com notas sutis de encantamento Fez florescer no meu coração Melodias de paixão e fomento Me inspirou em todos os sentidos Fez em mim brotar o dom da poesia Alterou-me todos os sentidos Afastando o mal e a melancolia Seus negros longos cabelos Ao meu rosto, tocaram suavemente O seu sorriso lindo e singelo Conquistou-me extraordinariamente Uma escultura viva, celestial Educa, acolhe, cultiva, emociona Seu jeito natural é tão sensual De todos as paixões ela é a dona Não voa, somente com uma asa, um anjo É necessário se completar uma dualidade Com elegância vai obtendo esse arranjo Uma asa se chama amor e a outra caridade

O fantasma da opera

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Solitária, com sua voz sutil Distribui imponência, beleza e alegria Citando suntuosas palavras À sua valsa, Deus reverencia Na orquestra, tamanha inspiração A soprano entoa melodias enervantes Faz-nos prender a respiração Sentimos os versos mais emocionantes Seu amor aproveita o ensejo E navega no cantar oriundo da alma repleto de paixão, ardor, desejo Traz-nos regalo, excitação e calma As estrelas cintilam ao anoitecer No céu a aurora anuncia aos anjos Uma melodia que se deve reviver Mesmo após milhares, e milhares de anos

Silencio?

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O silencio que leva e traz , O gosto do desgosto profundo. Em saber que todo mundo, Quer o mundo, Para si em um segundo. O século que leva e traz , O ódio e a paz , O prazer e a solidão . Nesse sil ê ncio apraz, Qual me deixa em pedaços, Que se espalham pelo chão. Igualmente estou, Àquele carente da razão , Que se calou, Diante do terror, Que se deparou, E que ancorou em seu coração. Mas quero eu, quero sim! O mundo só para mim. Em verde amarelo azul e branco, E perfumado de jasmim. Nos campos lindos, À terra, onde jaz a compaixão. Farei daqui meu tenro jardim, Somente para mim, Livre de toda incompreensão. Uma festa, da solidão criarei. O melhor de meu dia, da melancolia,  Dos pesadelos, a falsa alegria, De mim arrebatarei. Silencioso, ocioso, a era do eu. Dentro da mais completa ilusão, O mundo, isso pode nos dar, Desde o feto, a um velho ancião. Impulso para caminhar. Inspiração para pensar. Vontade para sorrir. Tristeza para chorar . Oh! Mundo meu, Queria

Quando a chuva cai

Cinza, prata, cinza, Chuva que cai do céu, seja bem-vinda! Dando frutos, dando vida. Quando tu cais no vasto verde O reflexivo espelho se forma E nele teu rosto se perde Em meio ao tom cinzento Não de sofrimento Mas de crescimento Da esperança da fartura e fertilidade Se me molho todo É porque em ti, temporal, Eu me aprazo e me debulho em felicidade Elevo minha moral Retiro todo o mal Lavo meu corpo, minha alma Fico farto, fico limpo Debaixo da amendoeira, Que ampara-me das doideiras Onde tu escorres Como uma menina choradeira Encantada com a esperança De ser amada, apreciada, tocada No ponto fundo, mais profundo do coração Luz que irradia, dissipa toda essa rebeldia Que de noite e de dia Fazendo chover Molha toda a via Ruas e caminhos Não é o dilúvio Que comete o óbito Eis o homem que não respeita, óbvio Que se sujeita a enfrentar-te Oh! orvalho intenso, infinito O tudo sem início, o nada sem fim Faz de mim o ser amado Lavado, renovado, purificado. Em todo esplendor Sem dor, sem ranc

No que você está pensando?

No que eu estou pensando? Estou pensando no quanto é fácil destruir, acabar; derrubar um muro é mais fácil que construí-lo; criticar é mais fácil do que apoiar, muito menos elogiar. Logo, é mais fácil nos afinizarmos com o ódio, do que ao amor. Até mesmo um gesto de carinho, é difícil. é penoso.  O sentimento puro, belo e perfeito é raro, pois criá-lo é trabalhoso. Cansativo, desestimulante, leva tempo e é inútil. Uma vez meu querido pai me falou isso: "Não se colhe uma linda e perfumada rosa sem deixar seu sangue no espinho." Eu hoje posso colher bons frutos dessa semente deixada por ele e digo mais, em relação ao mundo que se apresenta hoje, conforme o senso comum conforme disse acima: "Furar-se é doloroso, sangrar é pior ainda. Não! Melhor eu não criar, não colher nada. É mais simples eu extinguir". Não estou contrariando-o, mas sim analisando o que ele me ensinou, prevendo, ele, o futuro que eu teria pela frente e me alertando como um professor da vida.

Sei lá, Cartola.

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Hoje eu tive um sonho louco, como sempre. Eu estava caminhando pela rua, uma rua conhecida, já até passei por ela. Frequentemente por sinal. Muitos a conhecem: Rua Visconde de Niterói - Mangueira, Rio de Janeiro. E, voltando ao sonho, certa hora passei por uma esquina, que tinha uma ladeira que subia pro morro. Mais acima, nesta ladeira, vejo um grupo de pessoas sentadas em cadeiras ocupando parte da rua, frente a uma birosca. Todos vestidos com certa simplicidade, bebendo suas cervejas, comendo seus aperitivos, bem coisa de bamba mesmo. O traje não era moderno como nos dias de hoje. A julgar suas vestimentas era tipo anos 70. Até os veículos que ora passavam na "Visconte de Niterói", eram bem antigos. Assim subi a rua e fui chegando, na moral, no botequinho, como quem não quer nada... Ou melhor, como quem quer uma cerveja e parar com o pessoal da música. Era uma muvucada das boas. Geral sambando, batucando, cantando, enfim muito samba. Uma senhora pediu

A malandragem do samba

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Ontem, no ensaio, tocando caixa, fiz um pergunta ao mestre, (Junior Sampaio), sobre a levada da caixa "em baixo", pois eu estava conseguindo tirar um som, na batida, que muitos tiram com a caixa tocada no "alto" (como na imagem). Realmente tira-se o som do instrumento sem precisar levantá-lo, comprovada pelo mestre. Mas surpreendentemente, a resposta não foi da técnica e sim da história haha. Sensacional! Segundo o mestre, ele leu em algum livro de carnaval e suas histórias, que os "caixeiros" da época tocavam no "alto" para esconderem o rosto. Incrível! Realmente todos nós sabemos da perseguição para com o pessoal do samba, das favelas, dos morros, das religiões afro (A religião foi fundamental, pois muitos ogãs de terreiros e barracões, saim da responsabilidade religiosa e partiam para a folia, contribuindo com suas habilidades na percussão). Estas pessoas foram duramente perseguidas como vermes!!! Triste! GRANDE, BRILHANTE

Ela, a flor

É teu, o jeito mais delicado graciosidade vais distribuindo do corpo mais deslumbrado exerce um calor que vai me consumindo onde quer que vá onde quer que olhes deixas corações acelerados demais tu despertas o melhor de todos prazeres de flores, o jardim a se enfeitar o aroma no ar esvaecia em você eu contemplei o desabrochar da mais bela flor do dia igualmente, em você havia um brilho como raio solar emanado em meio ao paraíso não era feitiço de um mago maltrapilho era simplesmente o encantamento que vinha do teu sorriso

Não estamos sozinhos

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87. Os Espíritos ocupam uma região circunscrita e determinada no espaço? R: Os Espíritos estão por toda parte; povoam ao infinito os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem o saberdes: porque os Espíritos são uma das forças da Natureza, e os instrumentos de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais: mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditas aos menos avançados. (O LIVRO DOS ESPÍRITOS - LIVRO 2, CAP. 1 - MUNDO NORMAL PRIMITIVO) 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. 18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. (A BÍBLIA - JOÃO 14:16-18)

Preto e Branco

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Talvez eu não deva alcançar  Já percorri os extremos  Cansei-me de tentar buscar  O amor que prometemos  Vejo um vasto campo florido  Sem cor, sem aroma, obscuro  É de deixar o coração partido  Em saber que ali não haverá futuro  O tempo segue junto ao amor  Sem eles não estaríamos vivos  Ainda que haja uma pétala na flor  Os caminhos não estarão perdido s

O poder das ervas

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"Kó si ewé, kó sí Òrìsà", ou seja, "sem folhas não há orixá". Elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas. Mas só Ossain conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras que despertam o seu poder, a sua força. Ossain desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimônia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do "sangue" verde das folhas. Ossain é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza, tanto material quanto espiritual. E é nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito.  Por que eu estou falando deste orixá? Não é nenhum dia para cultuá-lo especificamente, nem possui nenhum sincretismo com algum santo católico nesta data, nem nada próximo (não que eu saiba). É que hoje acordei com uma melodia em

Dia 16 de Agosto, dia de São Roque.

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Dia dezesseis de agosto, foi dia de São Roque. Um santo católico, padroeiro dos inválidos e cirurgiões; protetor dos fieis contra as pestes e doenças do gênero. Devido à intercessão contra a peste, varíola, é o santo de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais também. Mas neste dia 16/08 houve muita manifestação por parte dos seguidores das religiões afro, por causa do sincretismo religioso. E o que é sincretismo religioso? Vou tentar ser breve e puxar um pouco da história que se passou na época dos escravos negros vindos da África. Os negros africanos, assim como os romanos, os índios, os gregos, os orientais chineses, têm suas religiões, suas crenças e mitos. Pois bem... Lá na África, ou em províncias de Angola, Congo, Zâmbia, Guiné, o povo tinha sua religião. Eles cultuavam Deuses, ou podemos dizer arquétipos de fenômenos da natureza. São sentimentos, anseios humanos, como por